Pular para o conteúdo principal

Conheça a Nova Plataforma WikiParques é lançado em abril


Nova plataforma colaborativa oferece informações gratuitas sobre unidades de conservação do Brasil além de permitir a troca de experiências em fóruns de discussão.



Parque Nacional do Pantanal (foto), uma das 69 unidades de conservação que integram a plataforma WikiParques em sua fase inicial.
Crédito: Haroldo Palo Jr.
A visitação turística em unidades de conservação (UCs), especialmente nos parques nacionais, tem crescido a cada ano. De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em 2012 5,6 milhões de visitantes passaram pelas UCs brasileiras e esse número pode ser ainda maior neste ano. A partir desta semana, internautas do mundo inteiro terão mais facilidade para conhecer e visitar os parques nacionais brasileiros, com o lançamento o WikiParques, idealizado pela Associação O Eco e pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.
A partir da mesma tecnologia utilizada pela conhecida Wikipédia, essa nova plataforma colaborativa (www.wikiparques.org) disponibiliza, inicialmente, informações gratuitas sobre os 69 parques nacionais do país: principais atrações, contatos, mapas de acesso, histórico, além de informações sobre a biodiversidade protegida no local. Todas essas informações podem ser editadas e complementadas por qualquer internauta, além de poderem ser compartilhadas nas principais redes sociais. Também será possível adicionar novas unidades de conservação à plataforma (com a inclusão de verbetes e fotos), como parques estaduais, Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), estações ecológicas, monumentos naturais entre outras. Os usuários também poderão debater nos fóruns da plataforma
“A disseminação do conhecimento em conservação da natureza é uma das premissas da Fundação Grupo Boticário. Por isso, contribuir para ampliar o acesso a informações sobre nossos parques nacionais é muito importante e estratégico para nós”, afirma a diretora executiva da Fundação Grupo Boticário, Malu Nunes, que ressalta: “temos um potencial de visitação ainda pouco aproveitado nos 75 milhões de hectares dessas unidades de conservação”.
Potencial pouco explorado
Atualmente, é possível visitar apenas 18 dos 69 parques nacionais brasileiros. O Ministério do Meio Ambiente (MMA) tem como meta abrir todos eles para visitação até 2020. “Para que a sociedade apoie as áreas de conservação e reconheçam que são importantes em suas vidas, em primeiro lugar é preciso que tenham acesso a informações de qualidade sobre elas. É aí que o WikiParques entra, preenchendo essas lacunas e agregando informações sobre os parques nacionais”, afirma a presidente da Associação O Eco, Maria Tereza Pádua, que criou 8 milhões de hectares de Ucs no Brasil, durante os 14 anos em que foi diretora de parques nacionais do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF), extinto em 1989. Para ela, a nova plataforma será fundamental no processo de esclarecimento da população, contribuindo para que milhares de brasileiros possam aproximar-se das unidades de conservação e tenham interesse em visitá-las.
O servidor público e articulista do portal O Eco, Pedro Cunha e Menezes, também concorda com a premissa “quem conhece, conserva”. E isso ele sabe na prática, já que visitou mais de mil UCs em 109 países e afirma que os que estão em melhor condição de conservação são aqueles que têm política de visitação proativa e que utilizam o ecoturismo como ferramenta para a conservação. Segundo ele, as pessoas querem mais informações sobre os parques nacionais brasileiros. “Nesse sentido o WikiParques atende a um clamor por informação”, destaca.
Para Maria Tereza, a nova plataforma ajudará também na melhoria da gestão das UCs. “As pessoas poderão opinar sobre o que pode ser feito para melhorar a estrutura de visitação e inclusive, cobrar melhoria das políticas públicas referentes aos parques nacionais”, conta.
Plataforma colaborativa
A plataforma Wiki, sucesso em todo o mundo, foi criada pelo estadunidense Ward Cunningham, em 1994, para ser uma maneira rápida e fácil de produzir informações colaborativamente, como é feito no Wikipédia e no Wikiparques. “Qualquer pessoa com acesso à internet, utilizando um simples navegador, pode contribuir para que as informações contidas em um site Wiki se tornem cada vez melhores e mais relevantes”, explica o editor de tecnologia do portal O Eco, Paulo André Vieira. Ele destaca que para o WikiParques essa capacidade de colaboração é fator de extrema importância, pois um de seus principais objetivos é criar comunidades virtuais sobre as unidades de conservação.
Vieira explica que apesar da Wikipedia ser um dos portais mais acessados do mundo, foi difícil encontrar pessoas no Brasil com os conhecimentos necessários para trabalhar na customização e adaptação desse software para as necessidades específicas do WikiParques. “A solução encontrada foi contratar uma empresa estadunidense especializada e o resultado valeu a pena”, comenta animado.
A expectativa agora é que pesquisadores e gestores vejam no WikiParques um importante canal para tornar públicos estudos, discussões e informações sobre as unidades de conservação brasileiras. “Queremos que esse conteúdo consiga atrair cada vez mais pessoas interessadas, seja o estudante fazendo um trabalho escolar ou um amante da natureza em busca de uma determinada trilha dentro de algum parque nacional”, conclui Vieira.
O objetivo do WikiParques é aproximar os brasileiros das áreas naturais protegidas do país, oferecendo informações gratuitas e relevantes sobre elas.

Publicado em:http://www.fundacaogrupoboticario.org.br/pt/Noticias/Pages/WikiParques-e-lancado-em-abril.aspx?utm_medium=email&utm_source=IQDIRECT&utm_campaign=COL_164+340500&utm_term=cinirafarias@gmail.com

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Agroecología Bases teóricas para el diseño y manejo de agroecosistemas sustentables Editores: Sarandón, Santiago Javier | Flores, Claudia Cecilia

Agroecología Bases teóricas para el diseño y manejo de agroecosistemas sustentables Editores:  Sarandón, Santiago Javier |  Flores, Claudia Cecilia 2014 Tipo de documento:   Libro Resumo El libro Agroecología y Desarrollo Sustentable, editado por Santiago J. Sarandon y Claudia Cecilia Flores de La Facultad de Ciencias Agrarias y Forestales de la UNLP, viene a llenar un gran vacío en nuestra literatura agroecológica al entregarnos un libro adaptado a las necesidades del currículo agronómico que se desarrolla en la mayoría de las Universidades e Instituciones de Educación Agropecuaria en América Latina. El libro se suma a la escuela de pensamiento que define a la Agroecología como la aplicación de conceptos y principios ecológicos en el diseño y gestión de agroecosistemas sostenibles. La Agroecología aprovecha los procesos naturales de las interacciones que se producen en la finca con el fin de reducir el uso de insumos externos y mejorar la eficiencia biol...

Presença de Glifosato em Leite Materno

Testes realizados em mães estadunidenses mostraram a presença do herbicida glifosato, comercializado pela Monsanto sob a marca  Roundup , no leite materno. Os testes foram encomendados pelas ONGs  Moms Across America  e  Sustainable Pulse  e mostraram altos níveis do veneno em 3 das 10 amostras coletadas (76 ug/l, 99 ug/l and 166 ug/l): de 760 a 1.600 vezes maiores que o limite máximo permitido para a água potável na Europa. Foram também analisadas amostras de urina e de água potável nos EUA para detecção de glifosato. Os níveis do herbicida encontrados nas amostras de urina foram mais de 10 vezes maiores que aqueles encontrados em testes similares realizados na Europa em 2013 pela ONG Friends of the Earth . A presença do glifosato também foi detectada em 13 das 21 amostras de água potável, algumas em níveis superiores ao limite permitido na Europa. Zen Honeycutt, fundadora e diretora da ONG  Moms Across America , informou que “as mães q...

Agrotóxicos, conhecimento científico e popular

Continuando as informações sobre agrotóxico e saúde humana, excelentes estudos disponibilizado pelo Ecodebate. ‘Agrotóxicos, conhecimento científico e popular: construindo a ecologia de saberes’ já está disponível na internet Publicado em janeiro 18, 2013 por  HC Terceira parte do dossiê Abrasco já está disponível na internet ‘Agrotóxicos, conhecimento científico e popular: construindo a ecologia de saberes’ é o título da última parte do documento, lançado durante o Abrascão Dossiê Parte 1 – Agrotóxicos, segurança alimentar e nutricional e saúde Dossiê Parte 2 – Agrotóxicos, saúde, ambiente e sustentabilidade Dossiê Parte 3 – Agrotóxicos, conhecimento científico e popular: construindo a ecologia de saberes Nos últimos três anos o Brasil vem ocupando o lugar de maior consumidor de agrotóxicos no mundo. Os impactos à saúde pública são amplos porque atingem vastos territórios e envolvem diferentes grupos populacionais como trabalhadores em di...